sexta-feira, 25 de maio de 2012

Aprendendo a Viver


      “Passou o inverno, primavera e outono, enfim chegou o verão. Plantas que passarão por verdadeiras turbulências, chuvas intensas e vendavais agora, já firmes, semeiam sua continuidade no solo. Porém nem todas sementes cairão em terras férteis e algumas serão consumidas por animais.
     As que caírem em bom solo, nascerão firmes, saudáveis e terão um desenvolvimento espetacular, protegidas sempre pelos grandes arbustos e o solo úmido que as fixara. Estas desfrutarão de uma vida tranquila, terão viçosas folhas e gerarão belos frutos e destes muitas sementes.
     Todavia aquela que cair em pedregulho e solo seco, terá sérios problemas fisiológicos, seu embrião desidratará que por sua vez nascerá uma plantinha raquítica, torta e com minúsculas folhas, aparentando um sinal de fraqueza e feiura. Contudo, se a analisarmos bem, veremos que a cada manhã a vida lhe oferece uma oportunidade para fortalecer-se e vencer o solo rochoso e escaldante que a mantem. Esta, aprende a poupar-se, dispensando sua beleza ao desenvolver uma baixa estatura e pequenas folhas enrugadas, tudo isso para preservar o máximo possível de água e absorver menos calor. Esta planta passará por provações que irão colocar sua vida em risco, mas sempre se renovará e desfrutará de cada momento que a vida lhe oferece. Passado o verão esta terá poucas sementes, mas saberá que aquelas são sementes do seu esforço, verá que tudo o que passara valeu apena e, chegado o inverno, essas sementes descerão nas águas de sua existência encontrarão ou não, bons solos para fixar-se e dar continuidade a seu ciclo.
     Seja você uma semente semeada em boa terra ou não, procure viver o que a vida lhe oferece de melhor e nunca se deixe abater pelos desafios! Faça deles degraus para alcançar seus mais altos sonhos e, por mais difícil que pareça, nunca desista deles! Saiba que por mais árdua que seja a sua jornada, por menor que você pensa ser, há uma grandiosidade e beleza infinita em sua existência! Tal beleza precisa e merece vencer as inconstâncias da vida, ser contínua, protegida e trabalhada ao máximo!


POR :
Carlos César Messias Silva
27\04\2012

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Rascunho de Algo

"METALINGUÍSTICA"




      Ufa! eu achava que ninguém se interessaria por mim. Desde que um maluco me escreveu  sou ignorado, pois tão pobre sou de conteúdo que nem o meu criador me quis ler.
       Antes que você comece a ler, sente-se confortavelmente, pois, além de sem noção, este conto é cansativo. Por quê? Ora, você não achará relaxante perder dez minutos da sua vida segurando este pedaço de papel cheio de frases  sem sentido; Ou vai? Então temos algo em comum...
      Não sei o que lhe instigou a ler-me, mais deduzi que  foi esta caligrafia horrível, indigna até de jardim de infância. Também não entendo o que inspirou tal escritor a fazer-me. Talvez tenha me criado em um momento de descontração e preguiça.
      Você deve está se perguntando o que quero eu descrever nesses versos. Nada. Mas se chegou até aqui sem me amassar ou até mesmo cochilar, vejo que você tem algum senso crítico, ou, assim como eu, é um ser sem noção procurando saber para que foi criado.


por: Carlos César

Labirinto de Concretos


      Acordar, trânsito,trabalho,estresse,cansaço: tudo isso influenciara diretamente na minha vida, uma vida sem graça, rotineira, alienada: Sempre induzindo-me contra a minha vontade, e quanto mais tento mudar, criar, mais me perco nesse amontoado de concreto e pessoas.
      A pouco tempo,"minutos", após tentar esquecer este dia tenso com uma ducha quente, "ainda em trajes de banho", sentei-me na cama e de cabeça baixa pensei. pensei em quê? Na minha infância, adolescência, nos meus pais; MEUS PAIS! Tudo isso fora minha vida, vida esta que morreu com eles naquele acidente. Lentamente levantei a cabeça, depois pus-me em pé e - já trêmulo - peguei nossa foto em cima do criado mudo, uma imagem bastante diferente de como me encontrava agora. Meus olhos já abatidos encheram de lágrimas, meu corpo já não me obedecia mais; agora eu era um ser inanimado naquele ambiente, nada mais que um objeto naquele quarto.
     Decidi acabar com tudo! Nesse momento abri a janela e subi na sacada. Não fazia mais sentido viver, ali eu daria fim a todo aquele sofrimento. Olhei a minha volta, vi prédios e mais prédios, carros, buzinas... Eu não queria que aquela imagem horrível fosse a minha ultima visão desse mundo. Peguei a nossa foto, a olhei fixamente, analisando-a já muito perturbado, lembrei de uma frase que o meu pai falava, era mais ou menos assim: " _ Não baixe a cabeça para os obstáculos, seja como as ondas do mar, faça de cada recuo um ponto de partida para um novo avanço." Passado aquele momento, eu já firme decidi lutar por minha felicidade, transformei toda quela angústia em uma vontade imensa de vencer, peguei meu violão, que já estava jogado a algum tempo num canto, e passei um bom tempo tocando e cantando. Mesmo não vendo mais ninguém naquele quarto eu tinha certeza que meus pais estavam ali torcendo por mim.

por: Carlos César